sexta-feira, 17 de abril de 2009

Wait a minute. That´s not wine!

Sabe quando chega um momento na sua vida que você percebe que nada do que fez te trouxe satisfação?
Sabe quando você acorda de madrugada e se sente muito mais livre e tranquilo que qualquer outra hora do dia?
Sabe quando você sente vontade de pular no pescoço do primeiro que aparece?
Sabe?
Então, meu caro amigo, você é um vampiro.

Mas calma! Não se aperreie! (bichinho)
Não tente pular pela janela nem cortar os pulsos (a não ser que queira beber o próprio sangue).
Eis aqui, exclusivamente e pela primeira vez na internet, o MANUAL AUTODIDÁTICO NOSFERATU UNIVERSAL ANTI-LINCHAMENTO, ou simplesmente M.A.N.U.A.L.
Com ele você vai entender o que é ser um vampiro e aprender como viver em sociedade sem despertar multidões furiosas portando tochas e foices.
São 5 capítulos de puro conhecimento vampírico, acumulado durante séculos de perseguição.
Vamos a eles.

---- CAPÍTULO I (ou "capítulo i maiúsculo) ----
  • Il constatarum et merdem ( A constatação definitiva)
Bem, você anda suspeitando que algo errado está acontecendo. Dorme apenas de dia, foge da luz, está ficando pálido, gasta uma quantidade maior de pasta de dente, fica enjoado com o pãozinho de alho do churrasco, acorda de cabeça para baixo, é candidato a presidência pelo PT, sofre de amnésia alcoólica (não, peraí, esse sou eu).
Pois então, se você se encaixa no perfil acima, eis o que fazer para constatar se realmente você virou um vampiro (ou a Preta Gil sem maquiagem, que também pode ser considerada uma criatura medonha... se bem que a maquiagem não faz diferença):

- Primeiro passo: Olhar-se no espelho -
Quando você acordar, depois de cair de cabeça, a primeira coisa que deve fazer é se olhar no espelho. Se o seu reflexo aparece meio embaçado, você é míope, vá a um oculista. Mas se o seu reflexo não aparece at all, aí pode ser que você seja um vampiro. Ou então o seu espelho tá com defeito (se ele foi comprado na Casa & Vídeo provavelmente é a segunda opção).

- Segundo passo: Alho -
Todo mundo sabe que vampiro detesta alho. Diferente de cebola. Aliás, é grande a frequência de ataques de vampiro a pessoas portando pacotes de Cebolitos. Já com o alho eles se cagam, pois é fatal. Portanto, em hipótese nenhuma pense em comer um dente sequer de alho. Ao invés disso, vá a farmácia e compre um xampú de alho. Tome banho normalmente usando o xampú. Se você é um vampiro, seu cabelo vai cair todo de uma vez só. Se não é, ele só vai ficar fedendo a alho por um mês, o que é bom se você estiver com piolhos-vampiro.

- Terceiro passo: Crucifixo -
O crucifixo é uma das mais eficientes formas de espantar vampiros. Sendo assim, se você é um vampiro vai tremer só de estar perto de um. Mas, como você pode tremer por variados motivos, existe uma maneira infalível de confirmar que você virou um chupador de sangue. É simples. Primeiro você tem que saber que uma cruz pode ser confundida com um"Tê" (t), parecer um sinal de adição (+), ter alguma semelhança com o de multiplicação (x), lembrar, de longe, um "sete" (7) e não parecer, absolutamente em nada, com um "@". Portanto, se você viu um @ e não tremeu, não comemore, porque não quer dizer nada. Mas se você só viu um "7" e já sentiu um calafrio na espinha, então o caso é sério. Isso acontece apenas em casos extremos, quando a vampirização é congênita. Existem apenas dois casos registrados deste tipo de fobia vampiresca: Drácula e Roberto Jeferson. Agora, se você não tremeu com o 7, faça o teste com o x, e assim por diante. Dessa forma dá pra saber, não apenas se você é um vampiro, mas também o seu grau de vampiridade.

- Quarto passo: Água benta -
A água benta é uma outra forma também muito eficaz de combater simpatizantes do sanguessuguismo. Essa água é tão poderosa que inclusive é capaz de transformar pessoas em objetos e vice-versa. Foi assim que surgiram a Dona Benta (mãe do Chico Bento) e a Nhá Benta (que era uma pessoa muito amarga antes de virar doce) (purum psh de marshmallow). Portanto não entre em contato direto com esse líquido em hipótese alguma. O que você pode fazer é cortar um fio de cabelo seu e mergulhar numa banheira cheia de água. Se você for realmente um vampiro, o cabelo vai desaparecer instantaneamente. Caso contrário, ajude o primo It a sair da banheira e comemore, pois você não é um vampiro.

- Quinto e último passo: Luz do Sol -
Enfim, chegamos ao método derradeiro (e mais barato) de confirmar se você é um vampiro ou não: Raios ultra-violentos (pelo menos pros vampiros) (purum psh-psh-psh...agora com équio!).
Pois bem. A luz solar simplesmente EVAPORA qualquer vampiro que ouse sair de dia. Aliás, a luz solar é tão perigosa para os vampiros, que se eles estiverem assistindo um filme e aparecer o sol, eles evaporam. Porra, até se beber uma SOL, mesmo gelada, o vampiro perde pelo menos o fígado (isso também pode acontecer com humanos, mas são necessários alguns mil litros a mais).
Então como diabos você pode usar este método sem ser reduzido a cinzas? (que, aliás, fofa, é uma cor péééssima). Vamos à explicação (a propósito, essa crase existe ou as novas regras acabaram com ela? Em breve: "Manual para você que é uma crase").
Você não pode arriscar a pele indo para a praia, pois, como já foi dito, você nunca vai voltar dessa experiência se for um vampiro (ou se for atropelado... mais um motivo para não testar desse jeito). O melhor a fazer então é permanecer na segurança da sua residência (igual os mexicanos estão fazendo agora). Mesmo em casa, passe protetor solar. Mas não da maneira usual. Em vez disso, misture 4 partes de protetor para uma de cimento e construa um molde do seu corpo de no mínino 50 cm de espessura. Porque você nunca sabe quando um raiozinho fidaputa vai entrar pela sua janela e te desintegrar sem que você perceba. Em seguida, pegue um papel e uma caneta e faça um auto-retrato (se não souber desenhar, faça um homem-palito e escreva seu nome embaixo). Depois pegue outro papel e desenhe um sol. (IMPORTANTE: O que quer que faça, NÃO PINTE O SOL! Só o contorno vai derreter suas roupas. Se pintar, derrete você também). No mesmo papel que você desenhou o sol, desenhe algumas nuvens, algumas árvores, flores, etc (isso não altera em nada o teste, mas vai dizer que não fica mais bonitinho?). Agora, recorte o auto-retrato que você já tinha desenhado. Atenção agora: tente colocar, sem chegar perto, o seu desenho em cima do desenho do sol com as flores e as árvores e etc. Pronto. O que acontece agora é: nada. Isso se você não é um vampiro. Se você é, o desenho vai pegar fogo imediatamente, criando uma chama enorme, que vai se espalhar e incendiar sua casa inteira. Os móveis todos vão queimar, as colunas vão começar a rachar, a estrutura vai ceder e a casa vai desabar em cima de você. Mas não tem problema, porque você está protegido por uma camada de 50 cm de concreto e protetor solar, então não vai se machucar (muito). Mas o importante é que você agora sabe que é um vampiro.

Agora é só esperar o próximo capítulo: "Sou um vampiro. E agora?". Pode demorar um pouco pra sair, mas não se preocupe: você tem a eternidade inteira! Até a próxima!

(OBS: Havia espaço para o "método da estaca", mas este não constará no M.A.N.U.A.L. por ser deveras impreciso: se você for um vampiro e alguém enfiar uma estaca no seu coração, você morre. Mas se você não é um vampiro e alguém enfiar uma estaca no seu coração, adivinha? Você morre! E se você é um pinguim e alguém enfiar uma estaca no seu coração? Pimba! Você também morre! Até se você for um elefante e alguém enfiar uma estaca no coração você morre, porra! Por isso esse item foi excluído, senão a gente ia ter que criar um "Manual pra você que não é um vampiro mas é um pinguim" ou "Manual pra você que não é um vampiro, nem é um pinguim, mas é um elefante", e assim por diante. Ia dar trabalho demais.)

(OBS²: O método da gripe suína também foi excluído.)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Carnaval: origem sem censura

Alô povão agora é sério!

Bom, o Carnaval acabou e ninguém se preocupou com uma questão aparentemente insignificante: o que diabos ele significa?
Muita gente acha que sabe o que é Carnaval. Muita gente também acha que sabe onde surgiu o Carnaval. E muita gente vai sair daqui e entrar na Wikipedia pra procurar sobre o Carnaval.
POIS PARE AGORA! (Senhor juiiiiiiz...)
Não perca seu tempo visitando Wikipedia, Desciclopedia, Centopedia, Seropédica, Ocaralhoaquatropedica... Nem fique procurando em Google, Altavista, Yahoo, Uhul, Issa, Iupi, Cadê, Aonde, Quem, Como, Quando e Porquê?
Exatamente! Por que, se a verdadeira história do Carnaval encontra-se aqui, neste mesmíssimo blog?
Sim, meus amigos. Este que vos fala é o detentor da verdadeira versão do surgimento desta comemoração. Isso porque eu tenho um conhecido cujo tataravô do amigo do filho do vizinho do irmão do padrasto do cunhado do tio da mãe da inquilina da bisavó do síndico do prédio é primo de terceiro grau do Sílvio Santos, que contou pra esse meu conhecido a origem desta festividade, assim como a origem dessa estranha árvore ginecológica que se encontra descrita acima (mas isso fica para o próximo post, que será entitulado "Genética moleque lá" ou "Quando o tataravô do amigo do filho do vizinho do irmão do padrasto do cunhado do tio da mãe da inquilina da bisavó do síndico do prédio do meu conhecido é primo de terceiro grau do Sílvio Santos")
Bem, passemos então à história da promiscuidade festividade.
Primeiro analisemos o sentido da palavra Carnaval. "Carn", do gaélico, significa "grande formação que constitui uma caverna ou gruta" ou "alimento peculiar de aparência circular feito à base de farinha" ou ainda "hipotética sinceridade"; e "Aval", do esperanto, significa "capacidade de oferecer a alheios" ou "liberação e/ou doação" ou ainda "Aurora". Como até o século XVII (xis vê e dois pauzinhos) a grafia correta era "Avalcarn", conclui-se que o significado verdadeiro da palavra Carnaval (Aval+carn ao contrário) é "Capacidade de oferecer a alheios a grande formação que constitui uma caverna ou gruta" ou então "Liberação e/ou doação de alimento peculiar de aparência circular feito à base de farinha" ou ainda "Se você fosse sincera, ôôô, Aurora!".
Bom, agora que já analisamos etimologicamente a palavra, vamos voltar ao passado para entender do que se trata essa manifestação.
Ao contrário do que muita gente pensa, o Carnaval surgiu na Mongólia, mais precisamente na província de Fo-Kmih, no ano de 137 a.C.. No início era uma festa de mentira, usada para distrair os invasores que constantemente tentavam conquistar o território, devido à abundância de mulheres nuas riquezas naturais da região. Essa tática funcionou durante muito tempo, acompanhada de uma outra tática de defesa, conhecida como "três dados amarelos" (vide "War te dá guerra", de Shun "Li" Tzunami).
Séculos mais tarde, na Roma de César, o Carnaval era usado como uma forma de sacanagem agradecimento aos deuses pelas boas orgias colheitas.
Mas essa fornicação manifestação só tomou a forma que conhecemos hoje a partir de 1806. Quando Napoleão se viu impotente diante da Marinha Inglesa, ele decidiu cancelar qualquer fornecimento europeu ao país, achando que assim eles ficariam fracos e seriam dominados com mais facilidade. Mas, para seu azar, quando ele anunciou gritando "Vamos fazer um bloqueio continental!" ao seu general, este, que era meio surdo, entendeu "Vamos fazer um bloquinho de carnaval!", e assim fantasiou todos os soldados de mulher, deixando o exército vulnerável aos ataques britânicos. O episódio ficou conhecido como "Batalha fresca". E foi assim que surgiu o primeiro bloco de Carnaval da história, chamado "Vous le vous couché avec mui", que em francês significa "Canhão da bala preta". E é por isso também que os franceses tem fama de afeminados até hoje.

E foi assim, meus caros féculas, que surgiu o Carnaval como nós o conhecemos: uma mistura de malandragem, sacanagem e estupidez, raízes que são mantidas até hoje.

Até a próxima! E cuidado, porque carn de bêbado não tem dono!





Napoleão, seu malandro!