sábado, 30 de agosto de 2008

Banheirinho de empregada

O banheiro de empregada é um lugar misterioso. Aliás, o quartinho inteiro da empregada é misterioso. É sempre um lugar cheio de coisas amontoadas, aparelhos de serviço doméstico meio velhos, bibelôs esquecidos da sua tia/mãe/avó/cachorro (?) que não cabem mais em nenhum móvel da casa; livros, discos, sapatos, roupas, animais empalhados, cérebros, enfim, essas coisas que não se usa mais hoje em dia.
Mas o banheirinho da empregada em particular é um lugar, digamos, encafifante.
Primeiro que o banheiro de empregada é sempre visto com um olhar meio discriminador. Ninguém fala "vou no banheiro de empregada!", é sempre "vou no banheiro". E claro, o alvo é sempre o banheiro principal, mais espaçoso, mais arrumado, mais...feng-shui-zado (uia!). Ninguém quer ir nem no lavabo, quem dirá no banheiro da empregada. (Pra quem não sabe, lavabo é aquele banheiro parecido com o da empregada, só que sem os objetos estranhos, as infiltrações e, principalmente, sem aquela sensação de que a qualquer momento você pode ser teletransportado para outra dimensão).
Pois bem. O banheiro da empregada é um portal para outra dimensão. Mas um portal instável. As coisas não ficam simplesmente repousadas naquele ambiente caleidoscópico (Maísa diria: Que bonito!), elas circulam pela fissura no tempo/espaço contínuo.
Funciona mais ou menos assim: tudo que se perde na sua casa vai parar lá. Não importa o que seja. Roupas, brinquedos, bibelôs, revistas, cabelo, marido, etc; vai aparecer no seu banheirinho de empregada. Mas isso não significa que ao entrar nesse elevador cósmico você vai encontrar tudo que perdeu de uma só vez. Nada disso. As coisas aparecem lá de maneira aleatória. Elas transitam no hiper-tempo e suas partículas se estabilizam por apenas alguns segundos. Assim, nós temos que dar a sorte de adentrar essa cabine transconfiguradora no exato momento em que algum dos objetos perdidos esteja se materializando.
O banheiro da empregada é uma invenção Maia e, portanto, tem origens extra-terrestres. O primeiro banheirinho de empregada foi feito no ano de 1012 A.C. (Não, não foi no Acre). O autor da obra foi o arquiteto, engenheiro, pedreiro, pescador, curandeiro, mensageiro e highlander Ojkah Rnie Maia, que significa, no idioma Maia, "Aquele que desenha com fezes e não consegue fazer linhas retas porque é gagá, mas mesmo assim todo mundo acha o máximo".
Recentemente, cientistas comprovaram que passar mais de 5 segundos dentro do banheiro de empregada, quando não teleporta ou desintegra quem quer que faça essa idiotice, provoca reações químicas que transformam a mente e a aparência das pessoas. Um caso muito conhecido deste tipo de acidente é o de Roberta Close. Ela, ou melhor, ele, ou melhor...aquilo... passou tanto tempo mijando na privada do banheirinho, que seu organismo repentinamente começou a produzir progesterona em escala assustadora, fazendo inclusive seu pênis necrosar e cair. Outro episódio aconteceu nos EUA (Estados Urinários da América). Desta vez, um rapaz muito jovem foi exposto a uma imensa quantidade de radiação fecal misturada com poeira cósmica das explosões interestelares. Em segundos sua pela perdeu toda a cor, seu cabelo perdeu a força e ele perdeu a rosca. Desde então, nunca mais foi o mesmo. Seu nome? Michael Jackson. Mas essas transformações causadas pela latrina alienígena às vezes podem ser benéficas. Fernando Pessoa, por exemplo. Todos os seus heterônimos surgiram enquanto ele se aliviava no banheiro de empregada. E eles realmente foram paridos pelo ventre do poeta, mas de uma maneira não muito saudável (para mais detalhes assista ao filme "2 girls 1 cup").

Portanto, cuidado! Não se deixe levar pela mera vontade de satisfazer suas necessidades orgânicas. Resista o quanto puder! Do contrário, sua mente vai se transformar em geléia de mocotó com azeitonas pretas, seus olhos vão girar dentro das órbitas e depois sair pulando pela casa e seu corpo vai virar do avesso. Ou seja, você vai ficar igual à Mallu Magalhães.


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A tocha que o povo gosta!

Opa!
Desculpa a demora pra postar, é que eu estava em Pequim cobrindo nos jogos olímpicos. Sim, cobrindo NOS jogos olímpicos. É que eu era auxiliar de edredom e agasalhos, então eu ajudava os atreta a se esquentarem-se quando tava frio.

Bem, como todos sabem (ou deveriam saber...ou ter uma noçãozinha, vai) as olimpíadas estão chegando ao fim. Esta é a última semana de competições lá na casa do car..., digo, na China. E como em toda edição dos jogos, ocorreram alguns flatos marcantes em Pequim.
Por exemplo, tivemos o homem-peixe, o Aquaman Made in China, o recordista Maiscon Fete (E serpentina! ¬¬...tá, não dá pra fazer muito trocadilho com o nome dele). Oito medalhas de ouro em uma única edição dos jogos olímpicos. Bem mais do que eu ganhei de moedinhas de ouro (de chocolate) na Páscoa (5 apenas).
Outro fato marcante, e na mesma modalidade, foi a primeira medalha de ouro do Brasil. Esse fato em particular me deixou espantado. Eu sempre achei que o Brasil era o melhor na natação. Afinal, o Brasil sempre vai às olímpiadas com grandes expectativas e nada. No judô, nada; na ginástica; nada; no futebol, feminino e masculino, nada. ( _____ ___ - Espaço reservado para "turum tss" alheios).
Já na ginástica, nada de surpresas. A romena ganhou, a Jade chorou e o Diego sentou (não necessariamente nesta ordem). Ah, a Daiane e a outra irmã Hipólito, Danielle, também não se deram bem.
Mas no atletismo, aí sim, tivemos várias novidades (óbvio que nenhuma boa para o Brasil). O jamaicano Unscem Volts, que tava ligadão, bateu os recordes dos 110 e dos 220 rasos. Pô, mas assim também é fácil. Aposto que ele não chega nem a 10 no fundo (ui!).
Os jamaicanos, aliás, há um tempo vêm se destacando na velocidade.
É, acho que não se faz mais maconha como antigamente.
Ah! Também tivemos a estréia de uma nova modalidade: salto sem vara. Fabiana Miller (loira, gelada, mas meio fraquinha) perdeu a sua vara (assim como a Edinanci, mas neste caso foi por opção) e teve que improvisar com uma vara maior. Só que ela não usou direito e se deu mal. Podia ter pedido umas dicas pro Diego Hipólito.
E, por falar nisso, sugiro uma troca entre os atletas (eu disse "troca", e não "troca-troca", Diego): O Diego passa pro jadô feminino e a Edinanci pra ginástica masculina. Assim pelo menos eles perdem com mais dignidade, estando em suas devidas categorias.

Brincadeiras à parte, o que mais chamou atenção nessas olímpiadas, na minha opinião, foram as transmissões da gloriosa Rede de Biscoitos Globo. Para entender melhor, leiam o depoimento do senhor Nicola Garto:

"Eu, enquanto representante da comunidade camaleônica mundial, fiquei muito satisfeito em assistir aos jogos pela Globo. Ela, que também emprega várias espécies da nossa família, foi responsável pela melhor olimpíada da minha vida. Embora não goste muito do Gavião Bueno (o que é comum, já que se trata de um predador natural da minha espécie), fiquei encantado, assim como todos os camalões do mundo, com as telinhas divididas. Realmente é muito emocionante para nós saber que alguém se preocupa com a nossa causa. Afinal, os camaleões sempre foram muito injustiçados. Fica todo mundo achando o máximo que a gente consegue mudar de cor, mas ninguém percebe que nós sofremos com problemas oculares, cacete! Ainda bem que existe essa emissora para nos proporcionar essa alegria. Adorei assistir ao mesmo tempo, sem ter que ligar dois aparelhos de TV, as competições de nado borboleta e peso mosca (boxe), as minhas favoritas. E quanto às pessoas, que ficam reclamando que com a tela dividida não conseguem ver nem uma coisa nem outra, eu digo o seguinte: Haha! Se fode ae!"

Pois é, rapaziada. Tem gente que é cega...e tem gente que é zarolha. (Mais "turum tss" por favor).

Enfim...
Na verdade foi decepcionante ver o Brasil levando vara em todas as modalidades (tirando a Fabiana). Afinal de contas, como o Brasil quer se estabelecer no cenário Sócio-Econômico-Político-Neolítico-Neurótico Mundial, se não consegue nem terminar as olimpíadas a frente de países menores, como Michael Phelps e Usain Bolt? Assim é flórida! (Na verdade Flórida é outro país) (Sim, eu sei que Flórida não é um país, mas se o Michael Phelps pode ser um país, então a Flórida também pode, foda-se).

Bom, com as olimpíadas chegando ao fim, o negócio agora é aproveitar que tá sol e fazer igual à delegação brasileira: pegar um bronze!

Xiao! ("Fui" em Chinês)